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domingo, 25 de março de 2018

“Minha melhor amiguinha é a borracha”

Artista plástico vai de telas brancas a troncos e raízes para compor sua arte e transmitir uma mensagem
 
Chegar atrapalhando e assustando um artista plástico enquanto ele medita felizmente não causa irritação ou algo que o valha. É como se pessoas diferenciadas que vivem de arte não tivessem tais reações. Em um encontro, bate-papo de pouco mais de uma hora, em seu ateliê de artes, um cômodo com algumas janelas e obras por todos os lados, em cima da garagem de uma casa no distrito industrial de Terra Preta, em Mairiporã, o artista plástico Antônio Sebastian Sá avisa, de antemão, que a vida de artista é um campo em que o ritmo de produção em série ou “nutelarização das coisas”, seguindo a febre de “raiz” naquela comparação com o creme de avelã com chocolate, não tem vez. “Você não pode chegar aqui [no Ateliê] e ‘gostei daquele quadro. Faz um para mim. Você sabe fazer’. Não é assim. As pessoas não entendem. Então, muitas vezes, chega cliente aqui. Ela quer um determinado trabalho. Tenho que dar uma aula para ela, o porquê de tudo aquilo ali, para poder levar um trabalho. Levei 50 anos para aprender isso aí [pintar]. Não é assim, sentar e chegar. Minha melhor amiguinha é a borracha. O lápis e a borracha”, comentou o artista que há mais de 50 anos enxerga arte em tudo.
Sebastian Sá ao lado de seu autorretrato em “decomposição geométrica”; Foto: Claudio Porto

Sebastian Sá (já que “Antônio é muito comum. Sebastian tem mais energia, mais força”) marca a arte com sua adaptação do cubismo, que, curiosamente, pouco tem a ver com o movimento lançado por Picasso no início do século passado - quando as telas ganharam mais aspectos geométricos, os rostos ficaram mais claros, nítidos e simétricos. Sob as mãos de Sebastian, os pincéis também fazem às vezes de réguas na produção de quadros, retratos e paisagens que surgem em formas coloridas de retângulos naquilo que ele definiu como “decomposição geométrica”, nome de seu movimento. 


Formado em Belas Artes e edificações pelo Instituto Nobel de Tecnologia, Sá diz que a “decomposição geométrica” é a junção entre o dom de desenhar e pintar com o passado em edificações. “Trabalhei quase 30 anos como desenhista de edificações. E lá aprendi de tudo. Entrei menino, praticamente, antes do Exército. Foi onde aprendi e depois fui estudar. Aprendi com os colegas, amigos mais antigos”, destaca o pintor.
“Campeão” de Sebastian Sá; Foto: Arquivo pessoal

No autorretrato de 2006, Sebastian aparece em meio a retângulos bem delimitados. Já em Campeão, é a vez de um hipista sobressair dos mesmos retângulos. O nascimento de uma criança e a ideia de movimento tornam-se pinturas nos homônimos Nascimento e Movimento, respectivamente

Todas as obras carregam o mesmo objetivo: transmitir uma mensagem. “Quando você senta para pintar, a obra passa a energia para você pelo trabalho. Tanto é que, encomenda é meio complicado. Você precisa entrar na cabeça do cliente para saber exatamente o que ele está pensando com relação o pedido dele, tanto desenho como na pintura. Tem um lado psicológico da coisa também, né? Você tem que compreender ela. Entender para executar. Porque, quando você leva um trabalho para casa, você tem que colocar na parede, sentar no sofá, olhar para ele e ele tem que passar alguma coisa para você. Energia. Sentimento. Você viaja. Ela fala muito mais”, comenta o artista que não restringe sua base de matérias-primas a telas e pincéis.
 
Autorretrato de Sebastian Sá em “decomposição geométrica”; Foto: Claudio Porto

Para ele, as telas podem trazer delimitações em seus muitos retângulos, como que várias pastilhas compondo suas inspirações e ideias, mas não impedem a versatilidade em lidar com outra, digamos, matéria-prima. 

Indiferente ao material usado na produção de uma ideia, Sá não se contém e, se preciso, agarra tronco e raiz para promover experiências como enxergar um jacaré no fundo de um rio agarrando o que seria uma presa. O jacaré é uma realidade no ateliê de Sebastian. Com a boca ensanguentada, lá está ele digladiando com seu alimento.  
O “jacaré” de Sebastian Sá talhado pela natureza; Foto: Claudio Porto

Sebastian trabalha atualmente na produção de releituras de fotografias, sob a técnica de guache, de funcionários de uma empresa multinacional de cimentos. A empresa encomendou à Sá que transforme retratos em pinturas, que farão parte de uma exposição com trabalhadores representantes dos países em que a empresa tem fábricas e filiais. 


O Ateliê de Artes Olhos do Mundo fica no Jardim Pereira, em Terra Preta. 

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